Com apenas 20 anos de idade, Pamela Campos já tem muitas experiências na bagagem. Nascida em Santo André, mas jundiaiense de coração, a jovem é a mais nova contratada da Dance Company Nanine Linning – Theater Heidelberg, instalada na cidade de Heidelberg, na Alemanha. “Esta seleção foi uma conquista! Um sonho pelo qual eu batalho todos os dias, dentro de sala de aula e no palco, e que agora se tornou real. Fazer da dança a minha profissão, com todas as condições para me dedicar e me manter a partir da arte, é maravilhoso”, disse.
A oportunidade de contratação surgiu a partir de uma publicação na internet. Pamela, que integra, há sete meses, a companhia Cinevox Junior Company, em Neuhaussen am Rheinfall, na Suíça, teve o incentivo da atual professora de contemporâneo. “No início, eu achei que não tinha o perfil adequado, mas percebi que não tinha nada a perder. Fui a Heidelberg, participei de todas as audições e superei cada seleção. Sem saber se aprovada ou não, Nanine Linning me ofereceu a chance de voltar, para trabalhar com ela e a companhia por um semana”, explicou.
O desafio foi aceito e, após duas semanas, Pamela iniciou o trabalho com os bailarinos da companhia. Após três novas audições, a bailarina, finalmente, soube da aprovação. “Quando ela me disse que amaria contar comigo no elenco e que, naquele momento, me oferecia um contrato, não tive outra reação: aceitei com certeza de que tudo isso foi devido a minha formação”, afirmou.
DO BRASIL PARA O MUNDO
O passaporte para a carreira internacional foi carimbado durante um curso de verão, em 2015, promovido pelo Instituto de Orientação Artística (IOA Dança), quando Pamela ganhou uma bolsa para intercâmbio na Bélgica. Lá, a jovem teve a oportunidade de participar de audições que abriram as portas para a Suíça. A escola, fundada em Jundiaí há mais de 60 anos, foi a escolhida pela família da moça para a sua formação em diversas modalidades, entre elas o Jazz Dance, Contemporâneo e Ballet Clássico. “Para mim, fica impossível falar dessa conquista e não me referir ao IOA Dança, que foi a minha única escola durante esse processo de formação na dança. Afinal, o que me trouxe até aqui foi, com certeza, todo o trabalho que se iniciou anos atrás. Hoje, em contato com outros bailarinos, de diversos lugares do mundo, vejo quão grande é a qualidade que eu aprendi durante meus anos na escola”, afirmou.
De acordo com a diretora artística da escola, Luana Espíndola, a história de Pamela reforça a essência do IOA Dança: “Uma das minhas principais missões à frente da escola e enquanto professora sempre foi tornar o sonho dos meus alunos os meus próprios sonhos. Ver a realização de uma bailarina que cresceu conosco é motivo de muito orgulho e emoção! Representa a certeza de que estamos no caminho certo em relação ao nosso trabalho de orientar e formar alunos, de forma completa e sólida”.
EXEMPLO DE DEDICAÇÃO
Histórias como a de Pamela podem dar vida a novas obras. Para isso, é fundamental buscar orientação profissional de qualidade. “Estamos sempre plantando as sementes que serão base para o amanhã. A escola é voltada não somente para quem quer se profissionalizar, porém, nos comprometemos, em todas as circunstâncias, com um ensino de qualidade, sem que se perca o prazer e a espontaneidade. Essa decisão de futuro acaba brotando naturalmente em cada um e a escola está sempre pronta para apoiar qualquer decisão de todo aluno, dando todo o suporte necessário para uma carreira de sucesso”, explicou Luana.
“Eu continuo dizendo para não desistirem. Mas, hoje, acrescentaria que apenas saber como dançar não é suficiente. O caminho para esse sonho inclui se permitir mudar e conhecer: mudar de cidade, de país, de conhecer novas possibilidades e se permitir vivenciá-las. Não é fácil, mas é possível”, concluiu Pamela.
